Mulheres garantem subida de Serra


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A última pesquisa Datafolha, realizada nos dias 25 e 26 de março de 2010 (com 4.158 entrevistas) e divulgada no dia 27 e 28/03, indicou os seguintes números para o cenário de intenção de voto estimulada com quatro candidatos:  José Serra (PSDB) com 36%, Dilma Rousseff (PT) com 27%, Ciro Gomes (PSB) ficou com 11% e Marina Silva (PV) mantém os 8%  de intenção de votos das pesquisas anteriores. Os entrevistados que responderam “Nenhum/branco/nulo” somaram 7% e “Não sabem” (indecisos) 11%.

A diferença de 9 pontos entre Serra e Dilma, fez com que o primeiro passasse a liderar em todos os grupos etários, em todas as faixas de escolaridade e em todos os segmentos de renda. Em termos regionais, Dilma continua liderando no Nordeste, mas Serra aumentou a diferença em relação aos outros candidatos nas regiões Sudeste e principalmente no Sul. Dilma Roussef, que nasceu em Minas e fez carreira profissional no Rio Grande do Sul perde nas duas regiões do centro-sul do país.

A pesquisa Datafolha também perguntou sobre os demais candidatos pouco conhecidos. Os chamados “nanicos” – Mario de Oliveira (PT do B), Zé Maria (PSTU), José Maria Eymael (PSDC), Oscar Silva (PHS), Rui Pimenta (PCO), Levy Fidelix (PRTB) e Américo de Souza (PSL) – não chegaram a pontuar na pesquisa.

O fato mais surpreendente da rodada Datafolha de março, foi a subida ainda maior de Serra junto ao eleitorado feminino. Na pesquisa de fevereito Serra tinha 32% entre os homens e 33% entre as mulheres, enquanto Dilma tinha, respectivamente, 32% e 24%. Na pesquisa de março Serra passou para 35% entre os homens e 37% entre as mulheres, enquanto Dilma manteve os mesmos 32% no eleitorado masculino, mas caiu ainda mais entre o eleitorado feminino, ficando com 22%. Enquanto a diferença entre os dois primeiros colocados na corrida presidencial foi de 3% entre os eleitores, no caso das eleitoras a diferença passou para 15%. Portanto, foram as mulheres que garantiram a subidade de José Serra, no mês de março.

Alguns jornalistas, olhando estes números, levantam a hipótese de que “mulher não vota em mulher”. Evidentemente é cedo para se concluir algo assim, já que no caso da candidata Marina Silva o percentual obtido de intenção de votos é o mesmo para ambos os sexos. Também é preciso considerar que existem uma maior percentual de eleitoras indecisas. Alguns analistas chegam a dizer que as mulhures demoram mais a decidir o voto, mas quando decidem possuem maior constância na decisão.

Muita “água ainda vai rolar” durante as eleições gerais de 2010 e os números atuais das pesquisas eleitorais são apenas um retrato de um momento que ainda é anterior à campanha propriamente dita.

Todavia, não deixa de ser intrigante o fato da candidata das forças governistas ter uma desvantagem tão grande entre as mulheres. Realmente, tanto nas eleições de 2002, quanto na de 2006, o presidente Lula teve mais votos entre os homens. Se o percentual de votos de Lula entre as mulheres tivesse sido o mesmo ou próximo do percentual do eleitorado masculino ele teria ganhado as duas eleições no primeiro turno e não no segundo como aconteceu.

Assim, parte da explicação das desvantagem de Dilma entre as mulheres pode ser atribuida à composição do eleitorado que sempre apoiou o presidente Lula, ou seja, um eleitorado mais masculino. Porém, era de se esperar que, pelo fato de ser do sexo feminino e ter a oportunidade de colocar uma mulher no Palácio do Planalto, a candidata Dilma tivesse maior apoio entre o “segundo sexo”. Por enquanto isto não aconteceu. Vamos acompanhar as tendências nos próximos meses, tentar entender este fenômeno e saber: para onde vão as mulheres?

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José Eustáquio Diniz Alves