A população da Rússia em 2100


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A Rússia é o país com maior território do mundo.  Foi o país que sofreu as maiores perdas humanas durante as duas Guerras Mundiais do século XX. Também possui uma das menores densidades demográficas, apenas 8 habitantes por km2.  A despeito de todas as transformações ocorridas no século passado, a Rússia é um país que já apresenta um dos maiores declínios população. O decrescimento demográfico já vem ocorrendo desde a década de 1990.

Em 1950, a população da Rússia era de 102,7 milhões de habitantes (quase o dobro dos 52 milhões de brasileiros na mesma data), chegou ao pico de 148,9 milhões de habitantes em 1993, sendo 69,7 milhões de homens e 79,2 milhões de mulheres e depois caiu para 143 milhões em 2010, devendo continuar caindo a 126 milhões até 2050, segundo a projeção média da ONU. Nota-se que durante todo este período existe um grande superávit de mulheres em relação aos homens, ao contrário, por exemplo, da China e da Índia que possuem uma razão de sexo com superioridade masculina. Para o ano de 2100, as projeções da ONU são: 184 milhões na hipótese alta, 111 milhões na hipótese média e apenas 61,7 milhões na hipótese baixa.

A taxa de fecundidade total (TFT) da Rússia já era baixa em 1950, sendo de 2,85 filhos por mulher (no Brasil era mais de 6 filhos nesta época) caiu para o nível de reposição (em torno de 2,1 filhos) entre 1965 e 1990, mas despencou depois do fim da União Soviética e a desorganização do país, chegando a recorde de baixa de 1,25 filhos por mulher no quinquênio 1995-00. Depois aumentou um pouco, mas ainda se encontra em níveis baixos, estando em apenas 1,44 filhos por mulher em 2005-10. O número médio de nascimentos anuais de crianças foi de 2,8 milhões em 1950-55, caiu ligeiramente para 2,4 milhões em 1985-90 e despencou para apenas 1,3 milhões de nascimentos em 1995-00. No quinquênio 2005-10 houve uma pequena recuperação para 1,6 milhões de nascimentos anuais (O Brasil neste período tinha cerca de 3 milhões de nascimentos anuais e o Paquistão 4,7 milhões anuais).

Além da baixa fecundidade a Rússia sofre com a redução da esperança de vida. A esperança de vida média de homens e mulheres era de 64,5 anos no quinquênio 1950-55 e subiu para 69,1 anos em 1985-90. Mas depois da crise econômica e social decorrente do fim da União Soviética, a esperança de vida caiu e chegou a 64,9 anos no quinquênio 2000-05. Em 2005-10 houve uma ligeira recuperação, para 67,7 anos, mas assim mesmo abaixo de nível de 20 anos atrás. No quinquênio passado, a esperança de vida das mulheres estava em 74 anos, mas a esperança de vida dos homens estava em meros 61,6 anos. Ou seja, a diferença na expectativa de vida entre os sexos era de mais de 12 anos, a maior diferença do mundo. Os altos níveis de alcoolismo dos homens explicam em grande parte estas diferenças.

Os brasileiros vivem mais do que os russos. Mas a mortalidade infantil na Rússia é menor do que no Brasil. No quinquênio 1950-55 morriam 97,5 bebês para cada mil nascimentos. Esta taxa caiu para 23,7 por mil no quinquênio 1985-90 e continuou caindo mesmo depois do fim da União Soviética, chegando a 11,3 por mil em 2005-10.

A Rússia faz parte do grupo dos BRICS e entre os 5 países é o que possuia o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2011, no valor de 0,755, contra 0,72 no Brasil, 0,69 na China, 0,62 na África do Sul e de 0,55 na Índia.

Tendo o maior território do mundo e sendo rica em recursos naturais, a Rússia tinha uma pegada ecológica per capita de 4,4 hectares globais (gha) em 2008 para uma biocapacidade per capita de 6,62 gha, segundo o relatório Planeta Vivo, da WWF. Portanto, o país tem um superávit ambiental e pode melhorar ainda mais a preservação da natureza se reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e investir em energias renováveis.

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José Eustáquio Diniz Alves